quinta-feira, 3 de setembro de 2020

"A favor do atraso", por J.R. Guzzo

"A favor do atraso", por J.R. Guzzo

 Nem é preciso dizer quem

 VOTOU CONTRA A NOVA ‘LEI DO

 GÁS’: O PT E AS SUAS 

GAMBIARRAS NAQUILO QUE 

CHAMAM DE ‘CAMPO PROGRESSISTA’



 Câmara de Deputados acaba de aprovar uma lei que elimina, ou reduz muito, um dos mais perniciosos entraves ao progresso econômico, ao investimento e à criação de empregos na área de energia jamais criados pelo estatismo brasileiro – o atual sistema de exploração e transporte de gás. 
Foi uma surra: 351 votos contra 101 em favor das novas regras, o que atesta a capacidade e a disposição da maioria dos deputados em fornecer ao Brasil, quando resolvem pensar no interesse comum, condições essenciais para o funcionamento de uma economia mais livre, racional e eficaz. 
Na sua essência, a “Lei do Gás” abre o setor para iniciativa privada, que a partir de agora terá oportunidade de fazer o que o Estado não fez. 
Nem é preciso dizer quem votou contra: o PT e as suas gambiarras naquilo que chamam de “campo progressista”, como já haviam feito na reforma da Previdência e da recém-aprovada lei do saneamento básico. 
Mais uma vez, no caso do gás, a esquerda votou 100% a favor dos interesses de quem se beneficia das empresas estatais e contra o cidadão comum.
Câmara dos Deputados
Terminada as análises na Câmara, texto seguirá ao Senado. Foto: Najara Araújo/Agência Câmara
Contem com o PT e com os partidinhos que mantém a seu serviço na hora de votar a favor de aberrações como os “fundos” partidário e eleitoral, através dos quais se transfere renda do público diretamente para o bolso privado dos políticos. 
Aí a esquerda não falha nunca: é unanimidade contra o Erário, em qualquer condição. É atraso? Somos a favor. 
É progresso? 
Somos contra. 
Suas seguidas derrotas nas votações em plenário – não ganhou uma, desde a diplomação dos atuais senadores e deputados – mostram, além disso, que para o bem de todos e a felicidade geral da nação, a esquerda nacional é hoje irrelevante em termos práticos. 
Na mídia, parece ter uma força prodigiosa. 
Na vida real, não decide nada. 
Todas as suas esperanças se resumem no momento ao STF: é para quem pedem socorro a cada vez que perdem uma votação no Congresso. 
Não dá para ganhar no voto? 
Então peça-se ao Supremo para anular a lei que foi aprovada. 
O que o PT-PSOL-etc. não querem é sempre inconstitucional. 
A atual situação da área do gás é um monumento à visão que a esquerda brasileira tem da economia. 
Como no caso do saneamento, onde o monopólio estatal fez com que pelo menos 100 milhões de cidadãos – todos pobres – não tenham esgotos até hoje, o estatismo energético faz com que o Brasil tenha uma rede de gasodutos miserável – pouco mais de 9.000 km., contra quase 100.000 nos Estados Unidos
Isso não é nada. 
O Brasil, com a política seguida até agora para o gás, está pior que a Argentina, onde a rede é de 14.000 km – o que é realmente um fenômeno, em matéria de incompetência. 
Nos dois casos, o que se tem é o mandamento supremo de quase todas as empresas estatais: não trabalham e não deixam ninguém trabalhar. 
Sua única preocupação é garantir privilégios: aposentadorias com salário integral, greves sem desconto dos dias parados, empregos para os amigos de quem manda, aumentos salariais sem nenhuma relação com aumento de produtividade, e por aí afora. 
É esse o Brasil que o PT pede ao STF.

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