Paleontologia
Cobras surgiram há 170 milhões de anos, diz estudo
Nova pesquisa mostra que esses répteis apareceram pelo menos 70 milhões de anos antes do que os registros anteriores indicavam
Ainda não foram encontrados fósseis no período de 100 milhões a 140 milhões de anos atrás (Malte Christians/AFP/VEJA)
Ao analisar fósseis de quatro cobras pré-históricas, cientistas descobriram que elas tinham entre 140 e 167 milhões de anos. Isso mostra que o surgimento desses répteis aconteceu pelo menos 70 milhões de anos antes do que os registros anteriores indicavam.
A pesquisa, publicada nesta terça-feira no periódico Nature Communications, muda a perspectiva dos estudos sobre a origem e a evolução das cobras, segundo os autores. Até agora, só existiam provas de que elas haviam aparecido na Terra há cerca de 100 milhões de anos.
Segundo o principal autor do estudo, Michael Caldwell, da Universidade de Alberta, no Canadá, a pesquisa indica que a evolução das cobras é mais complexa do que se pensava. Apesar da descoberta, ainda há uma lacuna no conhecimento a ser preenchida, pois não foram encontrados fósseis no período de 100 milhões a 140 milhões de anos atrás.
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De acordo com Caldwell, os cientistas já imaginavam que existiam cobras há mais de 100 milhões de anos, mas a ausência de fósseis deixava a impressão de que elas surgiram repentinamente naquele período.
Segundo os autores, o estudo mostra que, no período de 167 milhões e 100 milhões de anos atrás, cobras ancestrais já estavam se diferenciando em espécies distintas e evoluindo para adquirir formas semelhantes às das cobras marinhas que viveram de 90 milhões a 100 milhões de anos atrás.
A Eophis underwoodi, achada perto de Kirtlington, sul da Inglaterra, é a cobra mais antiga registrada pelo estudo. Segundo Caldwell, a pesquisa indica que há cobras ainda anteriores a ela.
(Com Estadão Conteúdo)
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