Segundo cientistas, as duas espécies podem ter cruzado na região da Galileia há 55.000 anos
Comparação dos crânios de Homo Sapiens e Neandertal (Reprodução Wikipedia/VEJA)
Parte de uma caveira recuperada numa caverna em Israel está lançando luz sobre um momento crucial do início da história humana: o período em que homens e seus parentes mais próximos, os neandertais, acasalaram.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Levantine cranium from Manot Cave (Israel) foreshadows the first European moderns humans
Onde foi divulgada: periódico Nature
Quem fez: Israel Hershkovitz, Bruce Latimer, Ofer Marder, entre outros
Instituição: Universidade de Tel Aviv, em Israel, entre outros
Resultado: Crânio encontrado em uma caverna em Israel revela que homens e neandertais coexistiram há cerca de 55.000 anos e podem ter se acasalado ali.
Título original: Levantine cranium from Manot Cave (Israel) foreshadows the first European moderns humans
Onde foi divulgada: periódico Nature
Quem fez: Israel Hershkovitz, Bruce Latimer, Ofer Marder, entre outros
Instituição: Universidade de Tel Aviv, em Israel, entre outros
Resultado: Crânio encontrado em uma caverna em Israel revela que homens e neandertais coexistiram há cerca de 55.000 anos e podem ter se acasalado ali.
Os europeus modernos herdaram cerca de 4% de seus genes dos neandertais, sugerindo que em algum momento o Homo Sapienscruzou com essa espécie. Até hoje, no entanto, os cientistas não sabem onde e quando esse encontro aconteceu.
O fragmento de crânio foi desenterrado na caverna Manot, na Galileia. Suas características sugerem tratar-se de um Homo sapiens que viveu há cerca de 55.000 anos, período em que se acredita que os membros de nossa espécie estivessem saindo da África. Perto da caverna há outros dois lugares onde foram encontrados fósseis de neandertais da mesma época.
O fragmento de crânio foi desenterrado na caverna Manot, na Galileia. Suas características sugerem tratar-se de um Homo sapiens que viveu há cerca de 55.000 anos, período em que se acredita que os membros de nossa espécie estivessem saindo da África. Perto da caverna há outros dois lugares onde foram encontrados fósseis de neandertais da mesma época.
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Dentro de cada humano mora um neandertal
"Essa é a primeira evidência fóssil direta de que os humanos modernos e os neandertais habitaram a mesma área ao mesmo tempo", disse o paleontólogo Bruce Latimer, da Universidade Case Western Reserve, nos Estados Unidos, coautor do estudo, publicado nesta quarta-feira na revista Nature. "A coexistência dessas duas populações numa região geográfica restrita, aliada ao fato de que modelos genéticos preveem seu cruzamento, sugere que o acasalamento pode ter ocorrido naquela área", disse Israel Hershkovitz, antropólogo da Universidade de Tel Aviv e líder da pesquisa.
Neandertais — Os neandertais, cuja feição característica é a testa proeminente, habitaram a Europa e Ásia entre aproximadamente 350.000 e 40.000 anos atrás, sendo extintos algum tempo depois da chegada do Homo sapiens.
Cientistas afirmam que nossa espécie surgiu há cerca de 200.000 anos na África, migrando em seguida para outros lugares. A caverna onde foi feita a descoberta está localizada na única rota por terra para que os humanos antigos pudessem sair da África e chegar ao Oriente Médio e à Europa.
Latimer disse suspeitar que o crânio tenha pertencido a uma mulher, embora os pesquisadores não tenham conseguido determinar o gênero da caveira. A caverna, que ficou isolada por 30.000 anos, foi descoberta em 2008 durante obras de saneamento.
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Neandertais — Os neandertais, cuja feição característica é a testa proeminente, habitaram a Europa e Ásia entre aproximadamente 350.000 e 40.000 anos atrás, sendo extintos algum tempo depois da chegada do Homo sapiens.
Cientistas afirmam que nossa espécie surgiu há cerca de 200.000 anos na África, migrando em seguida para outros lugares. A caverna onde foi feita a descoberta está localizada na única rota por terra para que os humanos antigos pudessem sair da África e chegar ao Oriente Médio e à Europa.
Latimer disse suspeitar que o crânio tenha pertencido a uma mulher, embora os pesquisadores não tenham conseguido determinar o gênero da caveira. A caverna, que ficou isolada por 30.000 anos, foi descoberta em 2008 durante obras de saneamento.
(Com Reuters)
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