O Brasil precisa
urgentemente se endireitar. Literalmente. Dar uma guinada à direita. E é
preciso ter orgulho de ser direitista. A demonização da direita tem pelo menos
quatro décadas de trabalho intenso pelos mais diversos agentes políticos e
ideológicos esquerdistas, sobretudo nas instituições educacionais do estado.
Alguns transformados em meros agentes ideológicos esquerdistas.
A direita a que me refiro é
conservadora e liberal. Temos que conservar o que é bom, como no caso da
família, e liberar o possível, o povo das garras do estado mastodôntico,
prisioneiro do terrível estamento burocrático. Em poucas palavras, menos estado
e mais cidadão. Menos burocracia e mais incentivo ao trabalho e ao
empreendedorismo. Mais abertura econômica, e agressividade no encaminhamento de
acordos internacionais com países que realmente contam, liderados pelos Estados
Unidos e a aliança ocidental. E lutar pela real abertura de mercados nas
américas.
Muitos dizem que o Brasil
sempre foi governado no século XX pela direita. Decerto, mas sempre esteve
longe de ser uma direita liberal
sobretudo nos aspectos econômicos. Desde o getulismo que temos uma
crescente preponderância do estado sobre a sociedade. Nossa direita sempre
foi pelo menos no século XX, de cunho
nacionalista. A centralização varguista foi confrontada , mesmo que de forma
maio caótica, com a revolta paulista de 1932, esmagada pelo exército, que era quem de fato dava às cartas na política
brasileira desde o golpe republicano.
Na monarquia, os civis
controlavam o exército. Depois da Guerra do Paraguai, o exército ganhou
musculatura, com uma influência decisiva do positivismo republicano. Só que nosso
republicanismo sempre foi autoritário. E o exército adotaria o positivismo até
a ditadura militar, nos tenebrosos tempos da guerra fria.
Os militares que deram o
golpe de 64 eram essencialmente positivistas. Castelo Branco, o mais cerebral,
deu um sopro de liberalismo econômico, e dizem inúmeros analistas, que queria
entregar o poder aos civis. Veio Costa e Silva com os duros do regime, mais
fortalecidos pela esquerda autoritária e terrorista. Depois o Ato Institucional
número 5 deu um golpe duro nos democratas, endurecendo o regime. Médici
colheria os frutos do boom da economia internacional, investindo massivamente
na infraestrutura, fazendo o país crescer até a taxas de 11% ao ano. Era os
tempos do chamado eufemisticamente pelos militares “milagre econômico”.
Com Geisel, foi reforçado o
nacionalismo econômico, com uma verdadeira ampliação das empresas estatais. Nem
Brizola faria tanto. A respeito o tal modelo dilmista guarda certas
características dos tempos de Geisel. Ampla ampliação da participação do estado
na economia, e favorecimento de determinados grupos econômicos privados pelo
estado. A crise do petróleo de 1973 acabou a farra desenvolvimentista. Em
poucas palavras, cadê o liberalismo?
Só Fernando Henrique, um
esquerdista moderado deu uma pequena abertura na economia, com algumas poucas
privatizações e acenos para uma reforma do estado. Com a estabilização da moeda
com medidas consideradas conservadoras, o Brasil se mexeu. Lula no primeiro
mandato, ainda manteria os chamados fundamentos macroeconômicos, mas com a
popularidade, pensou que sabia das coisas. Com Dilma a esquerda assumiu a
economia de vez. Tai o resultado.
Da crise deve sair novas
lideranças no campo da direita liberal. Porém é preciso tempo, pois o
aparelhamento do estado pelas esquerdas é antigo. Remonta os tempos do regime
militar o aparelhamento não só do estado, mas da imprensa e dos meios de
comunicação. Ademais, em muitos momentos a ditadura não foi tão dura assim.
Tive alguns parentes comunistas que
trabalharam alegremente em empresas estatais nos tempos dos milicos. Nenhum foi
incomodado, pois os nacionalismos convergiam, pelo menos em alguns aspectos
econômicos. A direita positivista e nacionalista e a esquerda, nacionalista
porque auto intitulada de anti-imperialista, no caso contra os Estados Unidos,
claro, além de outras baboseiras.
O renascimento desta nova
direita revela um Brasil menos dependente do estado. Mais indivíduo menos
estado. Que o estado seja amplamente reformado e controlado pela sociedade.
Temos que estimular esta virada que significaria a verdadeira revolução para o
povo brasileiro. Que ainda crê que o estado tudo pode e deve resolver. E que
toda a juventude sonha em ser barnabé. Uma lástima!
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