domingo, 26 de abril de 2015

Brejo Santo, no Ceará, é exemplo de "cidade educadora"

Brejo Santo, no Ceará, é exemplo de "cidade educadora"

A qualidade do ensino depende menos de Brasília do que de prefeitos comprometidos: com base nessa premissa, um novo prêmio destaca os municípios que promoveram avanços extraordinários em sua rede de escolas. O primeiro vencedor é Brejo Santo, no Ceará

Por: Bianca Bibiano, de Brejo Santo - Atualizado em 

Localizada aos pés da Chapada do Araripe, a 521 quilômetros de Fortaleza, Brejo Santo é uma cidade bem brasileira. Com pouco menos de 50 000 habitantes, situação de quase 90% dos municípios do país, ela ostenta IDH pouco inferior à média nacional e renda por habitante quase 70% menor. Poderia repetir também os péssimos resultados da educação brasileira, mas vem conseguindo escapar ao destino. No Ideb de 2013, índice do governo federal que combina taxas de evasão e repetência com desempenho escolar no nível fundamental, a cidade exibe nota 7,2 - a média brasileira é 5,2. Em uma das unidades locais de ensino, a Escola Maria Leite de Araujo, a presença de galinhas no pátio de terra batida não permite suspeitar de uma nota invejável: 9,2. O curioso é que, até 2009, a cidade cearense era ainda mais parecida com o Brasil. Cerca de 70% dos alunos não aprendiam o esperado em português e matemática. De lá para cá, a rede de ensino vem registrando avanços seguidos. Em 2013, finalmente, virou o jogo: 72% dos estudantes do 5º ano atingiram o patamar adequado de aprendizagem em matemática, por exemplo, taxa que chegou a impressionantes 100% na Maria Leite de Araujo. O índice brasileiro é 32%.
O que faz da cidade uma referência de qualidade é uma política pouco pautada por invencionices e muito apoiada em eficiência, meritocracia e equidade. No dia a dia, isso se traduz em práticas eficazes em sala de aula, avaliação e premiação de professores e garantia de que todos os alunos recebem o mesmo ensino. "Coloquei a educação no centro do meu projeto político, porque sei que isso terá impacto nos demais setores na vida local", explica o prefeito Guilherme Sampaio Landim (PSB). Pelo serviço, o jovem médico de 29 anos receberá na semana que vem, em cerimônia em São Paulo, o Prêmio Prefeito Nota 10, promovido pela primeira vez pelo Instituto Alfa e Beto (IAB). O prefeito vencedor ganha 200 000 reais.
O objetivo do Prefeito Nota 10 é identificar a rede municipal de ensino com melhor desempenho na Prova Brasil, exame federal que avalia estudantes de 5º e 9º anos do ensino público e que compõe o Ideb. Concorriam ao prêmio somente cidades com mais de 20 000 habitantes em que ao menos 80% dos alunos tivessem participado da Prova Brasil. Desses, 70% tinham de provar que sabiam o que se esperava deles. Nenhuma cidade, nem mesmo Brejo Santo, preencheu esse último critério. O IAB chegou então a doze municípios com resultados destacados e apontou os melhores em cada região do Brasil. Na Região Norte, infelizmente, nenhum município atingiu os índices necessários.
Reconhecendo a cidade com melhor média, o prêmio retira dos holofotes administrações que mantêm escolas-modelo, mas não replicam a qualidade desses centros de excelência em toda a rede. "A qualidade do ensino de nossas crianças depende menos de Brasília do que de municípios e de prefeitos comprometidos", diz o educador João Batista Araujo e Oliveira, presidente do IAB. De fato: 54,7% dos quase 30 milhões de alunos do ensino fundamental brasileiro estudam em unidades municipais. "O prêmio quer identificar quem consegue fazer um grande trabalho em escala, levando qualidade a todas as escolas que administra", acrescenta Oliveira.
A receita de Brejo Santo não tem lugar para ingredientes exóticos. "Fazemos feijão com arroz benfeito todos os dias", diz Ana Jacqueline Braga Mendes, secretária de Educação. O cardápio inclui regras rígidas para alunos e professores. Os 11 771 estudantes têm dever de casa. Se um deles falta, a escola entra em contato com sua família. "Isso reduziu drasticamente o abandono", diz a secretária. O prefeito também mexeu em leis e recorreu a medidas inicialmente consideradas impopulares. Unidades que mantinham as chamadas classes multisseriadas, em cujos bancos se sentavam lado a lado crianças de 7 a 12 anos, foram fechadas, e os alunos, transferidos para locais mais distantes, porém estruturados. Professores, por sua vez, passaram a ser avaliados, e aqueles que não demonstraram bons resultados foram retirados das salas de aula: parte foi demitida, parte assumiu funções administrativas. Com os melhores em sala de aula, a prefeitura aumentou os salários. O piso inicial é de 2 673 reais, diante do salário mínimo de 1 917,78 reais estabelecido pelo Ministério da Educação.
Brejo Santo faz um grande trabalho. Porém, há muito que avançar. Embora mantenha a melhor rede municipal do país, a cidade ainda não chegou ao marco de 70% das crianças com conhecimento adequado à série em que estudam. O caminho, no entanto, está traçado.
Infográfico Educação no rumo certo
(VEJA.com/VEJA)

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sábado, 25 de abril de 2015

Tamanho do pênis é, sim, importante para as mulheres, diz estudo


Tamanho do pênis é, sim, importante para as mulheres, diz estudo

Cientistas australianos avaliaram quais características alteravam a atratividade do corpo masculino. As mulheres preferiram os tamanhos maiores

 - Atualizado em 
figuras masculinas
As voluntárias avaliaram 343 figuras masculinas diferentes, que variavam em sua altura, tamanho do pênis e proporção entre ombros e cintura((PNAS/Reprodução)/VEJA)
Um novo estudo publicado nesta segunda-feira na revista PNAS mostra que, sim, o tamanho importa. Pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália analisaram a reação de um grupo de mulheres a 343 formatos de corpos masculinos diferentes e descobriram que existem algumas características que deixam um homem mais atraente, entre elas o tamanho do pênis.
CONHEÇA A PESQUISA
Onde foi divulgada: periódico PNAS
Quem fez: Brian S. Mautz, Bob B. M. Wong, Richard A. Peters e Michael D. Jennions
Instituição: Universidade Nacional da Austrália
Dados de amostragem: 105 mulheres australianas que avaliaram 343 imagens de corpos masculinos com altura, proporção entre ombro e cintura e tamanho de pênis diferentes
Resultado: Ao analisar os dados, os pesquisadores descobriram que as três características importavam para medir o quanto uma mulher considerava o corpo de um homem atraente
O tamanho médio do órgão sexual masculino costuma variar de espécie para espécie. Entre os humanos, por exemplo, ele é maior do que nos outros grandes primatas, seus parentes evolutivos mais próximos. O gorila, por exemplo, apesar de poder chegar até os dois metros de altura, tem um pênis de apenas quatro centímetros (o humano, flácido, tem um tamanho médio de 9 centímetros e de 14 centímetros ereto). Essa variação costuma ser explicada pela taxa de sucesso que os diferentes tipos de pênis têm na hora da fertilização: a evolução tenderia a selecionar os órgãos sexuais responsáveis pelos maiores índices de sucesso reprodutivo. Os pesquisadores, no entanto, dizem que o tamanho da genitália masculina também pode ser produto de uma seleção sexual, e a preferência feminina teria, nesse caso, ajudado a selecionar pênis cada vez maiores na espécie humana.
Para descobrir se as mulheres realmente consideram que tamanho é documento, pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália realizaram uma pesquisa com 105 voluntárias heterossexuais de seu país. Elas foram apresentadas a uma série de figuras masculinas geradas por computador, cada uma variando em três características: tamanho do pênis (em estado flácido), altura e proporção entre ombros e cintura (pesquisas anteriores já haviam mostrado que homens com altos valores nas duas últimas características são mais atraentes). As figuras mostravam sete variações em cada uma dessas características, fornecendo, ao todo, 343 formatos diferentes de corpo. As mulheres tinham de avaliar cada figura conforme sua atratividade, ajudando assim os pesquisadores a descobrir quais características eram mais importantes.
Como resultado, descobriram que a característica mais importante para um homem ser considerado atraente é a proporção entre o tamanho dos ombros e a cintura. Em seguida, aparecem empatados a altura e o tamanho do pênis. Essas características também se relacionam entre si, e as mulheres consideraram o tamanho da genitália mais importante entre os homens mais altos e com maiores proporções entre ombro e cintura.

Estudo revela qual é o tamanho 'normal' do pênis

Estudo revela qual é o tamanho 'normal' do pênis

Após revisar 17 pesquisas com mais de 15 000 homens, pesquisadores concluíram que a média de comprimento do pênis ereto é de 13,12 centímetros

 - Atualizado em 
Fita métrica
Estudo: o comprimento médio de um pênis flácido é 9,16 centímetros(iStock/Getty Images)
Pesquisadores fizeram a revisão de dezessete estudos, realizados com 15 521 homens, para descobrir o que é considerado normal para o comprimento e circunferência do pênis. Intitulado "Eu sou normal?", o estudo foi publicado nesta terça-feira no periódico BJU International.
O psiquiatra David Veale, pesquisador do King's College de Londres, e colegas se propuseram a criar um nomograma - representação gráfica parecida com a utilizada para avaliar as curvas de crescimento das crianças - das medidas do pênis em todas as idades e etnias.
Os resultados revelaram que o comprimento médio de um pênis flácido é 9,16 centímetros, e o de um pênis flácido esticado, 13,24 centímetros. No órgão ereto, a média foi de 13,12 centímetros. Já a circunferência média do pênis flácido foi de 9,31 centímetros e ereto de 11,66 centímetros.
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"Acreditamos que estes gráficos ajudarão os médicos a tranquilizarem a maioria dos homens de que o tamanho do seu pênis está na faixa normal", afirmou Veale. Muitos homens preocupados com o tamanho do órgão sofrem de "ansiedade do pênis pequeno". Em alguns casos, eles podem desenvolver transtorno dismórfico corporal (TDC), distúrbio psicológico que leva a um comportamento obsessivo e antissocial, depressão e até suicídio.
A equipe não encontrou nenhuma evidência de diferenças de tamanho do pênis ligadas à etnia. Os estudiosos ressaltam, porém, que a maioria dos participantes era da Europa e do Oriente Médio. Também não foi observada uma correlação entre o tamanho do pé dos homens e o comprimento do pênis.